Após
vários pedidos do meu pai resolvi falar sobre essa doença. Trata-se de uma
enfermidade interessante para o leitor, seja por seus sintomas ou pelo temor
desta atingir algum familiar ou pessoa próxima. A doença de Alzheimer é a causa
mais comum de demência, sendo responsável por 50% dos casos. Atinge cerca de 5
a 10% dos pacientes acima de 65 anos e 20 a 40% daqueles acima de 85 anos. Isso
mostra que essa doença tem relação direta com a idade avançada. Outro fator de
risco importante é a história familiar positiva.
Mas o
que é demência? É a perda das funções cerebrais cognitivas, ou seja, aquelas
importantes para o aprendizado e a realização de tarefas (memória, linguagem,
reconhecimento). O que irá diferenciar os tipos de demência são dois aspectos:
o tempo de evolução e a ordem com que as funções cognitivas são perdidas. No
Mal de Alzheimer, a evolução dura vários anos e inicia-se com perda da memória
recente e perda do senso geográfico. Evolui então com perdas na linguagem (vai
perdendo o vocabulário), perda da capacidade de ler e escrever e, aos poucos,
não consegue mais realizar suas tarefas diárias. Começa também a perder suas
memórias de longo prazo e as alterações comportamentais vão se agravando.
Nas
fases mais avançadas, o paciente evolui para um déficit cognitivo grave, apatia
e incapacidade de deambulação. Nesta fase, o doente esta completamente
dependente de quem toma conta dele. A causa da doença é um pouco complexa (como
quase tudo em neurologia), mas, em resumo, ocorre uma degeneração neuronal pelo
acúmulo de proteína amiloide nos neurônios. O diagnóstico é feito a partir do
quadro clínico e pela exclusão de outras causas de demência.
A doença
até o momento é incurável. O tratamento consiste em retardar a evolução, uso de
sintomáticos (para as alterações comportamentais) e na relação paciente,
familiares e cuidadores. Esta última é muito importante. A família ou os
cuidadores do doente precisam entender e saber como ajudar este paciente. Fora
todo o mal causado para o paciente, quem esta à sua volta também sofre muito. Esta doença é um pouco complexa (como quase tudo em neurologia) e por isso preferi falar de uma forma simples e resumida. Para quem se interessa por temas em neurologia, recomento a leitura do post Doença de Huntington.
Abraços
Ai papai que pediu!!!!!!!!
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